Corpo Seco é uma
figura folclórica recorrente principalmente no sudeste brasileiro. Apesar de
muito comum no sudeste, há histórias de encontros com um Corpo Seco desde o
Paraná até o Amazonas, assim como em alguns países africanos de língua
portuguesa.
O Corpo Seco seria
um morto-vivo que por ter praticado muitas más ações durante a vida, e agredido
ou matado os pais (alguns afirmam que seria só a mãe), ao morrer, teve seu
descanso negado. Há um ditado popular que diz que “quem bate na mãe fica com a
mão seca”.
Assim o Corpo Seco
acaba sendo rejeitado por Deus, pelo Diabo e pela própria terra onde teria sido
enterrado. É que, ao ser enterrado, o Corpo Seco é expelido pela terra,
aparecendo o morto desenterrado pouco tempo depois do próprio enterro, já com
as carnes apodrecidas.
O Corpo Seco não
gosta de água, sendo que pode ser isolado se deixado em um lugar do qual para
sair se tenha que atravessar um curso d’água.
Depois de sair do
túmulo o Corpo Seco começa a vaguear pelas matas próximas a caminhos, pois para
sobreviver tem que se agarrar a uma árvore. Quando se agarra a uma acaba por
secá-la. Portanto, se encontrarem uma árvore que secou de repente, sem causa
aparente, pode ter sido um Corpo Seco que se agarrou a ela.
Dizem alguns que o
Corpo Seco fica junto a caminhos, pois precisa de sangue para continuar “vivo”.
Quando passa uma pessoa agarra-a e suga todo o seu sangue (como os vampiros).
Se não passar nenhuma pessoa ele morre.
Deixamos aqui duas
histórias sobre Corpos Secos contadas por aí. A primeira é sobre um Corpo Seco
que assombra moradores há mais de 40 anos, no Vale do Paraíba, próximo a
Taubaté, São Paulo. A segunda história é sobre um Corpo Seco da cidade de
Colombo, que fica na região metropolitana de Curitiba, Paraná.
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